Como Lidar com a Teimosia das Crianças? Entenda o Significado De Cada Comportamento

Teimosia é um defeito de todos, não é mesmo? Bebê, adolescente ou adulto, todos já nos expressamos dessa maneira em algum momento da vida. Porém, quando falamos sobre crianças em desenvolvimento, o assunto toma outro rumo. Por isso é tão importante aprender como lidar com a teimosia das crianças.

Famílias de todos os formatos se encontram nessa encruzilhada, e esses pequenos atos de rebeldia podem se tornar grandes problemas com o passar do tempo. Para evitar isso, é importante conhecer a raiz desse comportamento e planejar uma abordagem que funcione para os pequenos de casa.

Quer saber mais sobre a teimosia do seu filho? Leia abaixo para entendê-lo melhor.

lidar com a teimosia das crianças

Direto ao assunto

Saiba a diferença entre teimosia e desobediência

A teimosia infantil é muitas vezes confundida com desobediência, mas é importante saber separá-las. Desse jeito é possível identificar o porquê da criança agir assim e, dessa maneira, tratar o problema ao invés de apenas abafar os sintomas.

Desobediência

A desobediência é uma recusa às regras. O pequeno, sabendo exatamente o que deve fazer, escolhe não seguir as instruções. Nesse caso, o que está em jogo são questões de autoridade: a criança ou bebê quer testar os limites e punições para ver até onde pode ir.

Nesse caso, é dever dos familiares deixar explícito o que aceitável e o que não é, afinal os primeiros contatos com relações de causa e consequência são dentro de casa.

Apesar disso, ressalvas são importantes. A ponderação e o erro fazem parte, também, da vida adulta, e reconhecer isso pode ser um ponto sensível para alguns pais. É possível que alguns dos limites impostos acabem se provando rígidos demais e, nesses casos, faz parte da responsabilidade parental reconhecer isso.

Saiba a hora de dizer “sim”!

Muitos pais têm dificuldades na hora de flexibilizar regras, mas às vezes isso é preciso. Por mais que o objetivo seja proteger as crianças ao máximo, abordagens muito rígidas podem ter o efeito oposto, gerando mentira e desconfiança.

Foi pensando nessa trava que muitos pais têm que a Netflix produziu o filme Dia do Sim, uma comédia muito divertida para assistir com a criançada. Na trama, o casal Alison e Carlos é desafiado pelos filhos a dizer apenas “sim” para tudo que for pedido pelas crianças. Porém, o que os pequenos acharam que seria um dia perfeito se mostrou mais difícil do que esperavam.

Teimosia

A teimosia, diferentemente da insubordinação, é a insistência em atitudes específicas que contrariam as regras. Uma criança que se recusa a comer vegetais, por exemplo, ou que evita os parentes que deveria cumprimentar nas festas de família.

Aqui, é preciso maior atenção. Quando a criança reage negativamente a situações similares, é o momento de a família examinar qual é a relação dele/dela com aquilo e como isso foi construído.

Pensemos no exemplo da alimentação, dado acima. A recusa aos vegetais pode ter muito mais a ver com a relação que a criança construiu com a comida do que com o gosto do que é servido. É possível que os próprios adultos reproduzam a ideia de que os legumes são “comidas chatas” e os doces são as “comidas divertidas”, mesmo sem perceber.

Ou, então, retomemos o exemplo da criança que foge dos parentes em festas de família. É possível que a raiz da dita teimosia seja, na verdade, uma sensação de invasão de espaço pessoal com a qual o pequeno está sofrendo. Ora, se nem os adultos se sentem confortáveis para abraçar e beijar pessoas com as quais não têm intimidade, por que a criança é obrigada a se sentir?

Aprenda a lidar com a teimosia das crianças

Há muitas formas de lidar com as reações negativas dos pequenos. O primeiro passo, como dito acima, é procurar conversar e conhecer as raízes do problema. Depois disso, a atitude dos responsáveis deve levar em consideração a situação e a personalidade da criança.

Pensando nas dificuldades mais comuns que cruzam o caminho das mamães e papais, preparamos algumas ideias para ajudar a sua família a superar essas situações.

Meu filho foge dos estudos, o que eu faço?

Esse é um problema comum com o qual as famílias se deparam, principalmente a partir do momento em que a criança entra no Fundamental I. A sorte, nesse caso, é que a pedagogia tem muito a nos dizer sobre educação.

Em primeiro lugar, olhe para a rotina da casa. Os adultos têm costume de ler? Se não, é difícil estimular o jovem a gostar de leitura. Além disso, fique atento às tarefas passadas pela escola. Por mais que seja desgastante, é importante que você acompanhe a criança enquanto estuda e mostre interesse pelo que ela produz intelectualmente, pelo menos de vez em quando.

Outra coisa que pode ser difícil de conceber são os diversos tipos de saberes. Algumas pessoas têm maior aptidão para certas áreas do que para outras, e isso é totalmente normal. Se seu filho vai mal em Matemática, talvez ele tenha maior facilidade em Português ou História. Celebre-o em suas conquistas.

Por fim, tenha paciência. Coisas que parecem simples para os mais velhos não são percebidas da mesma maneira por quem está vendo pela primeira vez. Como cita Paulo Freire em Pedagogia da Autonomia: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção”.

Meu filho não socializa com a família, o que eu faço?

Como dito em exemplos anteriores, o problema pode estar em situações mal resolvidas com espaço pessoal ou privacidade. Forçar crianças a abraçarem quem não querem ou responderem à demonstrações de tristeza com raiva pode gerar problemas.

É a partir dos limites dados pelos pais que os pequenos começam a desenvolver autoestima e entendem o alcance de sua autonomia. Se são forçados a abraçar parentes, mesmo que não queiram, passam a ter ideias distorcidas e negativas sobre o controle que têm do próprio corpo.

Ainda, se quando expressam tristeza ou angústia são imediatamente reprimidos, é difícil que se sintam confortáveis para compartilhar suas aflições com a família.

Lidar com a teimosia das crianças é mais fácil do que parece

Para conhecer o seu filho, é preciso criar um ambiente no qual ele se sinta seguro em falar sobre sentimentos e desconfortos. Assim, e apenas assim, é que se aprende a lidar com a teimosia das crianças.

A brincadeira é um ótimo momento de fazer isso. Com diversão e leveza, as famílias podem construir ambientes de abertura e compreensão. Quando a brincadeira é construída em conjunto é melhor ainda.

Porém, inventar brincadeiras e comprar materiais para fazê-las pode ser uma dor de cabeça para quem tem a rotina corrida, não é mesmo? Ainda bem que os kits Universo Maker existem! A caixinha chega na sua casa já com todos os materiais necessários: é brincadeira pronta! Basta se divertir.

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