A cultura maker vem conquistando o mundo nas últimas décadas, devido à mudança de comportamento de consumo. Essa cultura pode auxiliar no desenvolvimento motor, na criatividade e até mesmo em apoiar aspectos como a sustentabilidade e reciclagem.
O movimento maker vem ganhando cada vez mais espaço e no Brasil se tornou ainda mais forte no período da pandemia.
Sendo assim, profissionais da área da educação começaram a notar os benefícios do movimento na rotina escolar e trabalho em equipe.
O movimento maker, conhecido também como Fabs Labs, oficinas com equipamentos flexíveis e tecnológicos que auxiliam na criação de objetos com as próprias mãos, é um conceito relacionado a educação 4.0, que se baseia nas metodologias ativas de ensino que visam ao aluno uma formação crítica e autônoma.
Sabendo de tudo isso, o Universo Maker preparou um conteúdo exclusivo para falar um pouco mais da importância do movimento maker na educação.
Direto ao assunto
O mundo da educação em 2021 e a cultura maker
Com as salas de aulas fechadas durante a pandemia, os centros educacionais tiveram que procurar alternativas como ensino remoto, para que os estudantes continuassem a estudar.
Dessa forma, uma das maiores dificuldades no mundo da educação durante esse período foi a conectividade.
Segundo a pesquisa da Undime sobre a volta às aulas, a dificuldade para acessar a internet dificultou o acesso aos materiais de estudo durante o ano de 2020.
Fonte:Pesquisa Undime sobre Volta às Aulas 2021.
Já durante o ano de 2021, com o aumento da vacinação e a flexibilização das medidas restritivas contra o COVID-19, o ensino híbrido foi uma das alternativas para a educação.
Atualmente, as medidas restritivas estão com alta flexibilidade, muitas escolas e centros universitários já veem a volta do ensino presencial como uma realidade.
Entretanto, cabe ressaltar que ainda serão adeptas ao ensino híbrido.
Dessa forma, percebemos como o mundo pode mudar culturalmente de acordo com o momento histórico que vivemos, estando adeptos a novas formas de ensinar e aprender.
Ou seja, em um período de quase dois anos tivemos que nos adequar a diversas mudanças e regras visando o bem-estar coletivo.
Na educação não foi diferente, escolas do mundo inteiro tiveram que se adequar ao ead – ensino à distância, até mesmo os pais entraram neste desafio, visto que seus filhos agora estudavam e realizavam suas atividades em casa.
A importância da cultura maker na educação
A cultura maker nos traz pilares como: criatividade, sustentabilidade e colaboração e é uma atividade ideal para toda família, isso porque todos podem contribuir para chegar ao objetivo final.
Podemos perceber ao longo dos anos o crescimento dessa cultura, com as mudanças nos hábitos de consumo.
Em Toy Story 4, por exemplo, o personagem Forky, um garfo que virou um brinquedo, ao ser construído pela Bonnie com um garfo, limpador de cachimbo e massinha de modelar.
Por isso, um personagem que se considerava sucata e foi gradualmente percebendo que poderia ser um brinquedo na turma de Buzz e Woody.
Sendo assim, esse movimento vem ganhando evidência no ambiente educacional, dado que pode ajudar na capacidade motora, estimular a criatividade, o lúdico e o espírito de parceria.
No Brasil, a cultura maker cresceu durante a pandemia, onde os pais buscavam alternativas de lazer para sua família. Atualmente o país já conta com 22 Fab Labs, espalhado por nove estados.
Segundo a arquiteta Heloísa Domingues Neves, uma das maiores consultoras do tema no país, criadora do We Fab, ponto de encontro entre makers, empresários e empresas. O país ainda precisa urgentemente adaptar-se a esse movimento.
“Precisamos aprimorar várias questões no relacionamento da Cultura Maker com a rotina escolar. Outra questão importante – e difícil – é a do preparo dos professores. De qualquer forma, os ganhos são claros porque os jovens se sentem muito bem nesses ambientes. Por isso todo mundo está buscando essas estruturas.” – Apontou Heloísa.
O crescimento da cultura maker em 2021
Durante o período de isolamento, as atividades “faça você mesmo” atingiram seu auge, com o interesse em transformar o ambiente de casa em um lugar versátil, como escritório, brinquedoteca, academia, cinema e muito mais.
Seguindo essa ideia, com os avanços tecnológicos e algumas medidas restritivas ainda vigentes, o movimento maker continua crescendo durante o ano de 2021.
No Webinar da Prêmio Futuro do Amanhã com o Prof. Luciano Meira, Ph.D. em educação matemática pela Universidade da Califórnia (Berkeley/EUA, 1991), ele discorre sobre o crescimento dessa cultura.
Durante a palestra, ele apresenta uma pesquisa de uma escola que é baseada na cultura maker, onde comparam a nota de seus estudantes em comparação com notas de escolas com ensino tradicional. Revelando que as maiores notas vêm da escola que apresenta um incentivo ao comportamento maker.
Fonte: Salve for tomorrow.
Aqui no Brasil já temos algumas escolas que estão fazendo a diferença, veja a seguir:
Visconde de Porto Seguro, Morumbi, São Paulo
A escola inaugurou três espaços makers ainda este ano, onde alunos realizam projetos interdisciplinares, unindo história, matemática e tecnologia educacional, por exemplo.
Dessa forma professor de física Rui Zanchetta, aponta, “Queremos formar profissionais que saibam resolver problemas criativamente”.
Escola do Projeto Âncora, Cotia, SP
Nesse projeto, nem a sala tem um padrão: estudantes de várias idades dividem o mesmo espaço. Para aprender, os alunos estudam por meio de projetos interdisciplinares, e é aí que entra a cultura maker.
Os projetos surgem conforme o educador observa os alunos, como é o caso do captador de água da chuva, criado após o educador perceber o desperdício de água por parte dos alunos.
Ficou interessado? Confira nesse artigo outras escolas adeptas ao movimento e entenda a importância da cultura maker na educação!
Rede municipal de Educação passa a contar com 1° Laboratório Maker
Publicado dia 28 de outubro de 2021 no site da Prefeitura de Goiânia, foi inaugurado o primeiro laboratório maker na rede municipal, um grande avanço para os profissionais e alunos da rede pública de educação. A escola Alice Coutinho foi a primeira das 170 escolas da Capital que contaram com o laboratório.
Além da inserção de ambientes informatizados, alunos da Rede Municipal serão incentivados a participar de projetos que desenvolvem o interesse por Ciência e Robótica. O espaço possui também o programa Smart, que oferece serviços inovadores.
Rogério Cruz, o prefeito de Goiânia aponta: “Vamos fazer de Goiânia uma cidade inteligente e tecnológica. E num futuro bem próximo, poderemos contar com esses alunos para cuidar da nossa cidade, completamente inteligente e com qualidade de vida através da tecnologia. Tecnologia na Educação, na Saúde e em todos os órgãos da prefeitura e da gestão”.
O universo maker e a educação
Nós do UM, somos fãs desse movimento, pois acreditamos que com eles podemos desenvolver a criatividade, capacidade motora, o trabalho em equipe e até mesmo a sustentabilidade.
E não é atoa que temos esse nome né? Aqui divulgamos conteúdos exclusivos da cultura maker para toda a família, a fim de propiciar momentos de diversão, lazer e aprendizagem.
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