Como Podemos Enfrentar o Bullying Infantil? (Com Uma Ajudinha de Harry Potter)

A saga Harry Potter, recordista de bilheteria, fez sucesso não só pela magia própria à escola Hogwarts. Seus milhões de espectadores – e leitores – se identificam com cada personagem da autora J. K. Rowling, e o próprio Harry Potter pode ser a personificação dos medos e anseios das crianças num geral. Aliás, um conhecido da trama é o bullying infantil.

A prática do bullying aparece explicitamente em todos os filmes. Em um primeiro momento podemos ver que os Dursley, uma parte da própria família de Harry, não o aceitam por ele ser diferente – nesse caso, um bruxo. Mais para frente, no desenrolar da trama, temos os episódios em que Neville Longbottom sofre bullying do vilão Draco Malfoy a troco de nada…

O bullying é assim: não tem endereço e não precisa de muitas justificativas. Contudo, o que realmente importou para a história foi o fato de que, mesmo sendo constantemente colocados para baixo, Neville e Harry mostraram entender o seu valor e apoiaram-se nas amizades que cultivavam.

Por isso, que tal entendermos como vencer o vilão que é o bullying infantil, desta vez na vida real?

bullying infantil

Direto ao assunto

Como identificar se o seu filho está sofrendo bullying infantil?

Para identificar se o seu filho está sofrendo bullying infantil, primeiramente você deve ficar atento aos seguintes comportamentos:

  • mudanças de humor frequentes;
  • choro sem motivo aparente;
  • desinteresse pela escola;
  • isolamento involuntário;
  • tristeza e irritabilidade.

Além desses comportamentos sintomáticos, nos casos mais graves as crianças podem aparecer com hematomas ou até mesmo terem alguns pertences furtados pelos bullies – nome dado a quem pratica o bullying.

E isso tudo não precisa necessariamente acontecer em ambiente escolar. O bullying infantil pode ser cometido por adultos em casa ou por mais velhos, mesmo que não convivam diariamente com os pequenos.

Por isso, é muito importante prestar atenção a esses comportamentos e, do mesmo modo, ter o discernimento de não desencadear e reproduzir falas próprias ao bullying, afinal ninguém é o faz a todo momento, não é mesmo?

Toda essa situação geralmente acontece quando a criança apresenta particularidades físicas ou modos de se comunicar diferentes, que fogem ao padrão. Mas implicar com a aparência e o jeito de ser do outro não podem ser atitudes justificáveis por essas mesmas características.

E como saber se o seu filho dissemina o bullying?

Uma opção efetiva para saber se o seu filho dissemina o bullying infantil é tendo conversas muito francas. Na prática, comentários sobre programas televisivos e preferências quanto a filmes e jogos também transparecem o sinal mais importante de quem pratica o bullying, a agressividade.

O “comportamento de manada” também é um deles, pois revela a necessidade de atenção e de uma plateia por parte do agressor, como também podemos ver nos filmes de Harry Potter: Draco nunca está sozinho quando pratica o bullying, ele tem os seus fiéis escudeiros, que assistem a tudo rindo e consentindo.

Quase sempre os problemas com regras também são sinais sintomáticos de que a criança pode estar praticando o bullying infantil.

Cyberbullying

Com a pandemia de coronavírus as aulas tiveram que se adaptar da modalidade presencial à virtual – e o meio online também não fica livre do bullying infantil. Seja pela rapidez na comunicação, seja pela facilidade em se fazer comentários anônimos, o cyberbullying pode dar as caras quando os responsáveis menos imaginarem.

O cyberbullying infantil é justamente a violência através da internet, o que apenas comprova que existem violências dos mais variados tipos: mental, verbal, patrimonial… Mas, afinal, o que fazer?

O que fazer quanto ao bullying infantil?

As atitudes para prevenir e remediar o bullying infantil são diferentes, mas partem do mesmo princípio, o qual sempre reforçamos nos artigos do Universo Maker, e que também faz parte da nossa cultura: a comunicação. Conversar é essencial, e o jeito de conversar é ainda mais. Segundo Andrea Ramal, autora do livro “Filhos bem-sucedidos”

Jamais se deve, em casa, reforçar o comportamento de sofrer calado porque ‘todo mundo passa por isso’, nem mostrar orgulho porque o filho é ‘o valentão da escola’ e todos o temem.

Por isso, que tal maratonar Harry Potter e usar a seu favor toda a trama que, além de muito divertida e intrigante, também pode ser educativa? Os enredos são indicados para as idades de 9 a 99+.

Procurar ajuda médica é essencial

Há muitas maneiras de enfrentar o bullying infantil, e saber a hora de procurar ajuda profissional é muito importante. Psicopedagogas e terapeutas podem ser grandes aliados nesses momentos, mas novamente é preciso ter certo cuidado por parte dos responsáveis para lidar com esse assunto tão delicado.

Se por um lado há muitas soluções, que dependerão especificamente de cada situação, também há um consenso quanto ao que não se deve fazer.

A privacidade deve ser mantida

Em meio a um momento tão delicado e angustiante como quando a criança decide se abrir, manter a paciência e inteligência emocional podem ser ações essenciais para que ela se sinta ainda mais confortável em compartilhar tais problemas. Assim, tudo deve ser feito com parcimônia para evitar possíveis traumas.

Está liberado ser diferente!

Além de tudo o que já comentamos, não podemos nos esquecer de que tá tudo bem ser diferente, independentemente da cor, do cabelo, altura ou preferências individuais.

E como na vida real não existe capa de invisibilidade, fugir nunca é uma opção. Sendo assim, incentive os pequenos a realizarem brincadeiras inclusivas e a serem generosos, afinal a amizade é aliada de todos nessas situações, para acolher e tranquilizar.

Como diria Sirius Black, o padrinho de Harry, “o mundo não se divide em pessoas boas e más. Todos nós temos Luz e Trevas dentro de nós. O que importa é o lado que escolhemos para agir. Isso é o que realmente somos.”

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